Friday, November 13, 2009

Quase maternal



O meu permanente e obssessivo som de fundo por estes dias.

Também preciso de ser embalado.

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Thursday, November 12, 2009

O Amor é fodido



Uma dor emocional tão intensa que quem vê sente-a fisicamente.
Um poderosíssimo filme sobre o amor e as suas contingências.
Do mais fundo da alma.
É para isso que serve o cinema. Ou não?

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Cabalas e cavalos



Este senhor, se ainda lhe sobrasse uma réstia de dignidade, deveria proceder como segue:

1. As minhas conversas com o Dr.? Armando Vara tiveram o seguinte teor: (...), e agradeço que a Procuradoria Geral da República as torne públicas. A Procuradoria tornava as conversas públicas ou não, mas aí já não era da sua responsabilidade.

2. No caso freeport declaro desde já que nada recebi para aprovar ou facilitar a aprovação do outlet de Alcochete em zona protegida. Para tanto, disponibilizo-me, neste preciso momento, para ser ouvido no inquérito que decorre e solicitarei agora mesmo por escrito que o Ministério Público verifique as minhas contas bancárias - todas elas - e respectivos movimentos nos útimos 6 ou 7 anos, bem como ofereço uma relação detalhada de todo o meu património.

Isto era de Homem Honrado.
Não me parece que seja o caso, desgraçadamente, para o País.
Mas, enfim, já me esquecia, tudo isto é uma cabala.

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Wednesday, November 11, 2009

Farpas


Ramalho Ortigão e, principalmente, Eça de Queiróz, escreveram em conjunto uma espécie de revista de costumes, política e sociedade, por volta de 1870, que se prolongou nos anos seguintes até, julgo eu, 1882 - embora nos últimos anos apenas com os textos de Ramalho.
Ler "As Farpas", numa edição organizada por Maria Filomena Mónica, tem sido para mim um deleite intelectual sem precedentes próximos.
Trata-se da, penso eu, única vez em Portugal que se escreveu tão elegantemente e, ao mesmo tempo, de forma tão certeira sobre os portugueses.
Escreve ali Eça (no que viria mais tarde a dar o livro "Uma Campanha Alegre") como se visse os portugueses de fora e com uma barrigada de riso.
É certo que aquele distanciamento por vezes irrita, tal o desprezo quase niilista com que nos caracteriza, mas a Eça tudo se perdoa porque, literalmente, nos lambuzamos na prosa e ficamos dependentes dela.
Isto é um clássico e, embora correndo o risco de repisar um lugar comum, deve dizer-se - leiam os clássicos, está lá tudo!
Não temo afirmar que o portugal do século XIX é igualzinho ao do século XXI: a mesma ignorância, o mesmo desnorte, o mesmo desenrascanço, enfim, o mesmo atavismo.
Na politica, os Conselheiros Acácios; no povo, os mesmos analfabetos reverentes ao poder; nos Tribunais e na Lei, a mesma empáfia ingnorante e importância balofa, longe da realidade e do bom senso; na sociedade, a mesma miséria, o mesmo cinismo esperto, a mesma capacidade de espreitar a fraude e a oportunidadezinha ilícita; nas elites, o mesmo gosto grosseiro e diletante dos bacocos e saloios; nas universidades, a mesma presunção bafienta.
O que sobra? Responde Eça - rir e gozar.
Para mim não chega. Fico deprimido. Mas é um começo a caminho de alguma lucidez.

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Friday, November 06, 2009

How I wished...



"Oxford, in those days, was still a city of aquatint. In her spacious and quiet streets men walked and spoke as they had done in Newman's day; her autumnal mists, her grey springtime, and the rare glory of her summer days - such as that day - when the chestnut was in flower and the bells rang out high and clear over her gables and cupolas, exhaled the soft airs of centuries of youth. It was this cloistral hush which gave our laughter its resonance, and carried it still, joyously, over the intervening clamour."
— Evelyn Waugh (Brideshead Revisited)

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A democracia, etc...

Tempos difíceis.
Tudo está em aberto em Portugal para se voltar a fazer política.
Governar é outra coisa.
Ando a ler a o 2º volume das memórias políticas de Freitas do Amaral, aliás, já é a segunda vez que as leio. Vai de 1976 a 1982.
Outra coisa a política então: sentido do dever, o país em primeiro lugar.
Era o tempo dos gentlemen a fazerem política.
Isso, definitivamente, acabou.
Despertei para a política nesses tempos.
Como seria bom que voltassem.

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Cerimónias e outras coisas

Agora é que vai ser!